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sábado, 28 de maio de 2011

Arquitectura na Idade Média (Bizantina, Românica, Gótica)

Arquitectura Bizantina

A arquitectura Bizantina foi desenvolvida pelo império Romano do Oriente durante a Idade Média e é caracterizada pelos mosaicos em vidro e pelos ícones, que são pinturas de figuras religiosas e são normalmente efectuadas em madeira.

Este estilo foi influenciado esteticamente pelo Império Romano do Oriente. Destacou-se no desenvolvimento da engenharia e também pelas suas técnicas inovadoras para a época. Este estilo foi responsável pela difusão de novas formas de cúpula.

A arte Bizantina era uma arte cristã, de carácter cerimonial e decorativo, em que a harmonia das formas, que era fundamental na arte grega, foi substituída pela imponência e riqueza dos materiais e dos detalhes. Desconhecia perspectiva, volume ou profundidade do espaço e empregava por outro lado as superfícies planas, onde sobressaíam melhor os ornamentos luxuosos que acompanhavam as figuras. A religião ortodoxa, além de inspiradora, funcionava como censora, o clero estabelecia as verdades sagradas e os padrões para representação de Cristo, da Virgem e dos Apóstolos. Assim, ao artista cabia apenas a representação segundo os padrões religiosos, pouco importando a riqueza da sua imaginação ou a expressão dos seus sentimentos em relação a determinada personagem ou doutrina sagrada. Essa rigidez explica o carácter convencional e certa uniformidade de estilo constantes no desenvolvimento da arte bizantina.

No momento da sua máxima expansão, o Império Romano do Oriente englobava vários territórios na Europa, na África e na Ásia o que fez com que a Arquitectura Bizantina fosse influenciada por diversos países, como Egipto, Síria e Pérsia.

A história da Arquitectura Bizantina pode ser dividida em três fases principais: a idade do ouro, a iconoclastia e a segunda idade do ouro. A primeira fase (idade do ouro), corresponde ao reinado de Justiniano (526 a 565), quando se construiu a igreja de Santa Sofia, o maior e mais importante monumento da arte bizantina. A segunda fase caracterizou-se pela iconoclastia - movimento que começou por volta de 725, com um decreto do Imperador Leão III que proibia o uso de imagens nos templos. O terceiro período foi a segunda idade de ouro (séculos X a XIII) e nesse período deu-se um novo apogeu das pinturas e mosaicos tão combatidos pelo movimento iconoclasta.

Inspirada e guiada pela religião, a arquitectura alcançou a sua expressão mais perfeita na construção de igrejas. E foi precisamente nas edificações religiosas que se manifestaram as diversas influências absorvidas pela arte bizantina. Houve um afastamento da tradição greco-romana, sendo criadas, sob influência da arquitectura persa, novas formas de templos, diferentes dos ocidentais. Foi nessa época que se iniciou a construção das igrejas de planta de cruz grega, coberta por cúpulas em forma de pendentes, conseguindo-se assim fechar espaços quadrados com teto de base circular. As características predominantes seriam a cúpula (parte superior e côncava dos edifícios) e a planta de eixo central, também chamada de planta de cruz grega (quatro braços iguais). A cúpula procurava reproduzir a abóbada celeste e esse sistema transformou-se no símbolo do poderio bizantino.

A planta de eixo central, ou de cruz grega (quatro braços iguais), impôs-se como consequência natural da utilização da cúpula. Os pesos e forças que se distribuíam por igual na cúpula exigiam elementos de sustentação também distribuídos por igual, e essa disposição ocorria menos facilmente na planta rectangular ou de cruz latina, com braços desiguais.

O apogeu cultural do Império Romano do Oriente teve lugar sob o reinado de Justiniano e a sua arquitectura difundiu-se rapidamente pela Europa Ocidental, mas adaptada à economia e possibilidades de cada cidade. Pertence a essa época, um dos edifícios mais representativos da arquitectura bizantina: a Igreja de Santa Sofia. 

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